Expectativas

As expectativas são uma coisa complicada. Quando acedemos a um serviço com a expectativa de que será realizado com o primor que nós próprios empreenderíamos se o realizássemos, estamos à espera de nos frustrarmos umas quantas vezes.

Quando se envia uma encomenda por correio registado, traduza-se correio com garantia de entrega, esperamos que o senhor ou a senhora que a distribuirá se diriga ao local de entrega, encete algum tipo de contacto com a pessoa a quem a encomenda se destina e: a) após confirmação da presença da dita pessoa, entregue a encomenda em mãos; ou b) não se registando a presença da pessoa em questão, deixe no local uma nota para levantamento posterior na estação dos ctt.

E é neste ponto que as expectativas nos lixam. Nós esperamos que uma das duas hipóteses acima retratadas seja sempre cumprida, mas quando há uma alminha bacoca e incompetente que, após algumas tentativas frustradas de entrega, resolve deixar uma encomenda abandonada em cima de uma sebe, digamos que todas as nossas concepções de civilidade veêm pelo cano abaixo.

E sim, a pessoa a quem a encomenda se destinava conseguiu vê-la em cima da sebe e, neste momento, há três pulseiras nas mãos de quem as esperava. Finalmente.

Comments

  1. Eu primeiro fiquei boquiaberta, depois irritada e depois parti-me a rir. É que não dá mesmo para acreditar...

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  2. Na minha rua os carteiros têm mudado constantemente... Houve um deles (ou uma delas) q deixava todos os materiais q comprava (livros, tecidos, ferragens, etc...) na varanda da minha casa!!! Em vez de deixar o aviso qd ninguém estava em casa aquela alminha deixava as encomendas na varanda da minha casa q fica no rés-do-chão... Houve um livro q esteve algum tempo na varanda escondido atrás de um vaso até q a minha mãe deu com ele. Agora imagina q alguém se apercebia q as encomendas ficavam ali à mercê de qq um!!! É q todas elas são pagas com o cartão de crédito assim q as encomendo.
    A sorte é q o carteiro (carteira) já não é o mesmo...

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  3. Não estranho nada, tive um que me atirava as encomendas para dentro de casa por cima do portão. Ora nós temos cães, foi uma sorte eles não terem dado conta das vezes que aconteceu, pois das duas uma: ou a encomenda acabava desfeita, ou a levavam para o meio do campo ( vivíamos numa quinta grande) e nunca mais saberia dela.
    Depois de avisado deixou de o fazer :(

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  4. Começo a achar que, aparte este episódio, tenho tido muita sorte! E batamos três vezes na madeira para que não se volte a repetir...

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