Crónica de um fim-de-semana bem passado

Pois bem, apeteceu-me voltar a escrever neste cantinho, aproveitando a inspiração que me trazem as horas escuras da meia-noite e diante. Apeteceu-me falar deste fim-de-semana em particular, primeiro porque começou com dois dias de antecedência, e segundo, porque me soube bem. Não aquele saber bem de estar sempre feliz e sorridente, mas aquele saber bem de quando se vivem situações boas ou más, que nos fazem reflectir. E eu gosto de reflectir. Apesar de, em certas alturas, ser irreflectida.
Escrevo que o fim-de-semana começou com dois dias de antecedência, porque na quarta-feira (dia 09) houve jantar de aniversário do avô. Já na quinta-feira (dia 10) foi a vez do jantar de aniversário da tia.
Sexta-feira, intervalo nas festividades, foi a vez do acostumado café com o grupinho do costume. Noite passada, chegada a casa, ficou-me um sentimento estranho, esquisito, de que estamos todos a mudar. Com isto não quero dizer para pior, apenas que estamos a mudar, e é a percepção da mudança que me provoca a estranheza. Uns têm mais compromissos do que outros; uns querem ter mais compromissos do que outros... como se competíssemos pela agenda mais preenchida. Chegada a casa, fiquei a pensar que talvez todos nós pensemos demasiado nas coisas, e perdemos pedacinhos de vida, de momentos simples e curtos que nos podem deixar felizes. Não sei, estarei a divagar?
Sábado, festa de aniversário do pai. Almoço seguido de lanche, seguido de jantar, seguido de ceia. Muito petisco, muita conversa, muito riso, canções à desgarrada (homens a um lado, mulheres a outro) até chegar a meia-noite, hora do silêncio. Depois, a ida de uns, a permanência de outros. Para um último cigarro e umas últimas palavras.
E o último dia deste fim-de-semana bem passado foi dedicado a visitar a feira Mundo Mix. Estacionado o carro em Santa Apolónia, onde se deixou a avó ribatejana de caminho para Abrantes, lá fomos mãe e filha até ao Castelo de São Jorge. Lá estavam a minha amiga Rita e o seu digníssimo esposo, com as suas peças lindas e originais. Conversou-se muito, passeou-se mais, e depois voltou-se para casa, pernas cansadas no sofá da sala :)

Comments

  1. Oh, gostava tanto de ter ido ao Mundo Mix... Tanto ver as coisas lindas q por lá deviam de estar bem como ver os Dapunksportif... Viste o concerto deles? Eu sou fã!
    Beijocas

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  2. Há momentos que nos são completamente indiferentes e que quase maquinalmente lidamos com eles. Outros que nos fazem reflectir sobre ninharias e, batutando, vemos passar ao pormenor aquilo que nos rodeia. Mudar e crescer custa mas é bom renovar o espírito e nós próprios.

    Beijinho
    *anadosol*

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  3. crescer mói e dói. Mói o espírito nas dúvidas que persistem "estarei a ser intransigente?", "não fará sentido arriscar uma mudança, ser mais exigente?", " não será melhor ficar, aproveitar o q se tem?",...
    CRescer dói nas expectativas goradas, nas noites amargas, ...

    Há cafés que fazem pensar... =)

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